Tomando-se
como ponto de partida tais observações, apresentamos a pesquisa, ora
em andamento, no Banco de Imagens e Efeitos Visuais/BIEV, acerca da
inserção, em página WEB, da produção de documentos etnográficos antigos
e recentes sobre as transformações na paisagem urbana de Porto Alegre,
oriundas da base de dados de pesquisa do Projeto Integrado “Estudo
antropológico de itinerários urbanos, memória coletiva e formas de
sociabilidade no meio urbano contemporâneo” que vem sendo realizando
junto ao Núcleo de Pesquisa sobre Culturas Contemporâneas, do Programa
de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFRGS. Através do estudo
do processo de museologização do mundo como parte constituinte de
uma cultura visual nas modernas sociedades complexas, orientamo-nos
para uma reflexão em torno do tema “obliteração das diferenças” no
interior do empreendimento enciclopédico que formata as atuais redes
digitais e eletrônicas. Em especial, para nós, trata-se de refletir
eticamente a respeito dos perigos da dimensão formal da representação
com que genericamente esta cultura visual apropria-se da imagem do
Outro (seja qual for seu status: analógico, digital, eletrônico).
Uma reflexão que nos conduz a pensar criticamente o sonho de “democratização
da cultura” associado à Internet e que atribui ao usuário comum das
redes digitais e eletrônicas o lugar de intérprete soberano de sistemas
culturais.
PALAVRAS
CHAVES EM PORTUGUÊS
Memória
coletiva, novas tecnologias, cultura visual, museu virtual